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Niterói, Rio de Janeiro, Brazil
Sou uma entusiasta na educação. Procuro promover um encontro satisfatório com a educação.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Situação atual da rede municipal de ensino de Niterói

A coordenação de Informática Educativa, em parceria com as demais coordenações e setores da FME tem por objetivo principal proporcionar aos alunos e professores o acesso às novas linguagens tecnológicas a fim de que estas contribuam para a construção de uma escola mais interativa, crítica e reflexiva acerca do conhecimento.
Todas as Unidades Escolares da rede Municipal de Niterói estão informatizadas, com os projetos específicos para cada segmento
  • Educ. Infantil – 1 computador em cada sala, a partir do 4º ano, com softwares e teclado Comfy;
  • Ensino Fundamental (1º e 2º ciclos) – laboratórios com 6 a 10 computadores que, além de aplicativos, softwares e Internet, utilizam os recursos das Mesas Educacionais (Alfabeto, My Kid ou Multikid);
  • Ensino Fundamental (1º ao 4º ciclos) – laboratórios de 10 a 20 computadores que, além dos aplicativos, softwares e Internet, contam com os recursos da Robótica Educacional.
O trabalho desta coordenação tem como eixo a formação de professores, visando a inserção das tecnologias no processo pedagógico. Para tanto, são realizadas reuniões mensais e quinzenais com os professores formadores, nas quais há um aprofundamento na linguagem tecnológica, tendo em vista a sua utilização nos projetos pedagógicos das unidades escolares.
Além das reuniões, a equipe faz um acompanhamento às escolas, com objetivo de orientar e sensibilizar seus profissionais para a utilização do laboratório de informática, associados a recursos multimídia, como a televisão, fotografia, vídeo e áudio. Também são oferecidas oficinas, nas quais se propõem a discussão da inserção da tecnologia como uma linguagem que potencializa uma educação mais crítica, baseada na construção do conhecimento.

Porque professores se detêm quanto ao uso da informática para auxiliar o trabalho pedagógico com os alunos.

A INCLUSÃO DIGITAL

As novas tecnologias são ferramentas importantes para a escola atingir a modernidade. Contudo, o que se constata é uma forte resistência em utilizá-las, aproveitá-las, dando mais sentido à aprendizagem.
A utilização nas escolas oficiais é precária, limitando-se a fazer as mesmas e velhas coisas e não trazendo as mudanças requeridas pela época. A introdução de novas tecnologias, o uso inteligente do computador, vêm se tornando um desafio às escolas, no sentido de ampliar as possibilidades do ensino.
Estudos mostram que a receptividade e a capacidade de explorar os novos recursos são bem maiores entre os alunos que entre os professores ou diretores. Muitos não querem mostrar que sabem menos que os jovens, daí as atitudes de resistência, diz o relatório de um estudo.
O uso do computador, em bom nível, provoca transformações significativas nas escolas, envolve professores e alunos em processos de estudo e pesquisa criativos, interessantes, colaborativos. Cria-se um clima de ajuda, onde o professor adquire postura mais democrática, passando a ser um orientador da aprendizagem. O aluno vai se sentindo mais realizado, mais enquadrado no mundo em que vive. Vai se sentindo mais seguro na aprendizagem, à medida que avança no conhecimento do uso do computador e o aplica às suas necessidades.
Por intermédio da internet, a escola estimula o ensino, programando projetos sociais envolvendo também a comunidade, principalmente em regiões carentes. Atinge, assim, dupla finalidade: o envolvimento interessado do aluno, que acaba aprendendo melhor e mais depressa, e a ajuda que fornece às comunidades. A escola amplia a inclusão digital, produzindo conhecimento por meio da internet.
Escolas que conseguem dar um passo avante montam um portal para divulgar trabalhos culturais de novos talentos. Formam redes digitais e criam intercâmbios de conhecimentos entre as escolas da comunidade. Os alunos apreciam deveras esse tipo de atividade e desenvolvem formas criativas de usar a rede digital, melhorando o ensino nas salas de aula.
O pensamento dominante é de que não se deve usar a internet apenas como um consumidor. A inclusão digital só faz sentido quando ela produz conhecimento. Havendo integração das iniciativas adotadas pelas escolas, o conhecimento se aprofunda. É preciso que as escolas discutam, antes, conceitos e práticas comuns. Devem compatibilizar-se de modo que os melhores resultados das experiências de cada escola sejam compartilhados com outras escolas.
O que importa é treinar bem os professores e adotar políticas condizentes, formulação de metas de inclusão digital. A melhor forma é investir nas escolas e nos jovens, sobretudo em áreas carentes e sem perspectiva social. O retorno virá mais depressa do que se imagina, diz o estudo do Mapa da Exclusão Digital, divulgado em abril de 2003 pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o Comitê para a Democratização da Informática (CDI).
Do ponto de vista escolar, a análise do mapa mostra que os jovens que contam com computador em casa têm desempenho superior. Na prova de matemática chega a 17%. Cidades com altos índices de escolaridade são grandes adeptas da informática, como São Caetano do Sul, com 41%, Niterói, 34% e Santos 33%. No bairro da Lagoa, zona sul do Rio, a inclusão chega a 59,2%. Já nas favelas do Complexo do Alemão, zona norte, a 3,8%. Em relação aos alunos matriculados no ensino fundamental regular, 23,9% estão em escolas com acesso à informática. Os Estados com maior grau de inclusão digital, nesse nível de ensino, foram: São Paulo (49,7%), Paraná (37,2%) e Rio (34,4%).
A escola cria projetos em que os alunos mantêm blogs com textos das disciplinas e o professor consegue acompanhar a sua produção. Tudo em educação deve nortear-se por atividades prazerosas. Não primar pela competição, mas proporcionar a auto-afirmação. O professor não pode se limitar a conteúdos predeterminados, atender, antes, os anseios e as necessidades do aluno. Não deve adestrar, mas preocupar-se com o aluno enquanto pessoa, caminhando em direção a novos paradigmas. O grande objetivo do ensino-aprendizagem é descortinar possibilidades e não apenas aferir o rendimento cognitivo do aluno.
*Supervisora de ensino aposentada.        
(Publicado em junho/2004)

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